Sexta-feira à tarde, varanda (como quase sempre), 9 de outubro.

O desfecho da minha quarta-feira foi tranqüilo, o Shay se desligou da Leila e está dando um gelo nela pra valer. Eu achei estranho o jeito amigável que Nicholas e eu nos despedimos... Foi irônico, mas não teve nada de provocante (No sentido de briga eu falei, não no de sedução). Meu Deus que perseguição! “Oi mãe.”

“Sophia, fico muito feliz em vê-la aqui escrevendo neste caderno. Já deu um nome a ele?”
”Nome, mãe? Olha eu não tinha pensado nisso e acho que não colocar nome algum. Não sei por quanto tempo vou escrever nele”

“Ahh querida, queria que escrevesse sempre. E quando acabar este caderno, você me avisa. Adolescentes precisam de diário” Ok. Mamãe saiu. De volta ao meu dia-a-dia... Ou não. “Precisando de algo, pai?”
“Não, só quero saber se você e Shay vão ajudar no restaurante amanhã.”
“Vamos sim. Chegaremos pro turno do almoço e ficaremos até o jantar.”
“Ok. Beijo, filha. Vou trabalhar.” E lá se vai meu pai. Ele é dono e chef de cozinha do restaurante À La Francesa. Em alguns dias eu e o Shannom servimos de garçons adicionais, é legal ficar lá. Ai, não... Interrupções!

“Oi Shannom. Vai sair pra onde que tá com essa mochila?”
“Hey, Sophia e Shay! Aqui!” Viro-me, e vejo que na varanda dos Wildgard está meu primo Noah. Ele tem 15 anos, de cabelos pretos e olhos verdes, malhado na medida certa e sabe usar muito bem o charme dele. “Cuidado na hora de pular essa varanda, Shay”
”Relaxa, mana” É... Ele pulou tranquilamente. “A gente se vê de noite, vou passar o dia com o Noah.”
“Ok. Até a noite e divirtam-se.” Em paz novamen...
“Oi, Bernard. Como vai essa mão?”
“Ah, oi Deville. Ela vai bem, por quê?”
“Sempre que lhe vejo nessa varanda você está escrevendo, o quê tanto escreve... Eu não sei, no entanto sempre está assim.”
“Hum... É que a varanda me dá idéias de novas poções e feitiços.”
“Uma bruxa e suas maldades.”
“Um psicopata e suas loucuras. E, risada tripla pra você: hahaha. Tchau.”
“Vai sair com alguém hoje, como o Riley, por exemplo? Pra quê a pressa?”
“Ora, ora, ora... Veja quem é o espião agora. E não, não vou sair e nem estou com pressa. Apenas não quero ter que ficar lhe encarando.”
“Que riminha furreca essa sua.” E começou a tirar a camisa... Uiii tenho que sair daqui!
"Não foi minha intenção fazer rima. Vou lhe deixar à vontade para se trocar, licença.”
“Não, só to tirando a camisa por que está calor (nem me fale, querido, nem me fale).”
”Mesmo assim. Você aí no quarto e eu na varanda não vai dar muito certo”
“Por que? Queria que eu estivesse aí?”
“O quê? Não... Não faça isso! Argh, que droga. Que invasão é essa, Deville?” O psicopata pulou da janela dele pra minha varanda... Como eu queria uma distância não tão fácil de pular! E que sorriso é esse na cara dele? (Simplesmete dentes brancos e perfeitos... Não vou olhar!)

“Ficou sem palavras, hein?” E mais risadinhas cínicas, grr!
“É claro, é difícil de te agüentar quando você está no seu quarto... Imagine na minha varanda!” (voz vindo do térreo me chamando...) “Acho melhor você ir.”
“É melhor mesmo.” Eu dou meu olhar maléfico com um sorrisinho dou as costas e desço. Ele pulou de volta pro ninho dele.

Um comentário:

Luis Felipe disse...

Mon, essa menina tá quase igual a do "Pegando Fogo" só falta sair bejando todo mundo! Ficar exitada é com ela mermo né?